Resumo

• Irã e EUA: Toma lá, da cá;
• O mundo além da guerra
• Brasil: política liberal de verdade?
• O 2019 ecônomico brasileiro em números.

É o caos!

Homem Foguete 2.0

Disparos de tweets e mísseis… parece que Kim Jong Un, mandatário da Coreia do Norte, está perdendo o seu posto de “Homem Foguete” para Ali Khamenei, líder supremo do Irã.

Na noite da última terça (07/01), o regime iraniano ordenou um ataque com mísseis sobre duas bases americanas no Iraque. Khamenei afirmou através do Twitter que a ação foi um “tapa na cara” dos Estados Unidos. Não houve mortes por causa do bombardeio.

Em discurso oficial após o ocorrido, Trump exaltou a capacidade militar dos Estados Unidos, mas ressaltou que não quer utilizar esse poderio. Em decorrência do ataque, novas sanções sobre exportações do Irã foram anunciadas hoje (10/01).

E o Brasil nessa história? Uma diplomata brasileira da embaixada no Irã foi convocada pelo regime do país no decorrer da semana para prestar esclarecimentos. O motivo foi uma nota oficial do Ministérios das Relações Exteriores, na qual o governo brasileiro declarava que “manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo”, apoiando o governo Trump na situação.

Cenário Internacional

Nem tudo é feito de guerra

Estados Unidos… além da questão com o Irã, outro assunto importante foi a divulgação de alguns resultados da economia americana hoje (10/01). A taxa de desemprego se manteve em 3,5%, menor nível dos últimos 50 anos, adicionando 145.000 postos de trabalho (excluindo o setor agrícola) no mês de dezembro.

O resultado veio abaixo do consenso esperado (160.000), mas demonstra que o mercado de trabalho dos Estados Unidos ainda continua em ritmo forte de geração de empregos.

Na Zona do Euro… a inflação para o mês de dezembro foi de 1,3%, em linha com a expectativa de mercado. O resultado representa a maior aceleração do indicador nos últimos 8 meses, causada pelo aumento dos preços de fontes energéticas. O número obtido, no entanto, ainda está abaixo da meta de 2,0% do Banco Central Europeu, abrindo precedente para a continuidade da política monetária estimulativa da instituição. 

Em terras tupiniquins

É proibido interferir

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, declarou na segunda (06/01) que o governo está avaliando formas de compensar um possível aumento no preço do combustível, causado pela alta do petróleo em decorrência da crise no Oriente Médio. O ministro não entrou em detalhes sobre o tipo de medidas que podem ser utilizadas nesse caso, mas ressaltou que o governo não vai interferir na política de preços adotada pela Petrobrás. 

Outro ministério que se manifestou sobre a economia nesta semana foi o da Infraestrutura, que apresentou a expectativa de leiloar nada menos que 44 ativos em 2020, incluindo rodovias, ferrovias e aeroportos. A meta de arrecadação com as concessões é de R$ 101 bilhões.

A pauta é: dados

Não vamos ter meta, mas quando atingirmos a meta…

Nessa semana alguns importantes resultados econômicos referentes ao final do ano passado foram divulgados:

• Produção industrial: A atividade da indústria vinha em uma sequência de expansão durante os últimos três meses. No entanto, os dados referentes a novembro de 2019 mostraram uma contração de 1,2% no setor. Os segmentos industriais que mais encolheram foram o automobilístico e de produtos alimentícios. A perspectiva do resultado para a produção industrial em 2019, conforme mostrado pelo Relatório Focus, é de redução de 0,73%. A projeção para 2020, porém, é positiva, com expansão de 2,19% para o setor.
• Inflação (dezembro/2019): A inflação em 2019, medida pelo IPCA, foi de 4,31%. O resultado veio além da expectativa de mercado, ficando acima também do centro da meta do Banco Central de 4,25%, mas dentro do limite de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A alta do indicador foi puxada pelos alimentos e bebidas, com destaque para a carne, cujo aumento de preço foi de 32,40% em 2019. Essa alta foi provocada, principalmente, pelo crescimento das importações por parte da China após a ocorrência de uma peste suína no país durante o ano passado.

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