Tiro ao alvo

Tiro ao alvo

Resumo

  • Diferentes visões

    : projeções do FMI e de instituições financeiras variam por causa da incerteza causada pela pandemia;

  • Agora é oficial: OPEP e aliados firmam acordo de grande corte na produção de petróleo;
  • De olho na China: PIB chinês contrai -6,8% no primeiro trimestre, primeira queda no indicador desde 1976;
  • Economia americana: dados de atividade e resultados corporativos mostram os efeitos da pandemia nos Estados Unidos.
  • “Divórcio consensual”: Bolsonaro demite o ministro da saúde Luiz Mandetta após divergências no combate ao coronavírus;
  • Números da economia: IBC-Br sobe em fevereiro enquanto expectativa para o PIB piora mais uma vez no relatório FOCUS;
  • Bolsa de Valores: Ibovespa fecha a semana com leve alta de 1,68%;
  • Bate-bola corporativo: destaques da semana.

Cenário internacional

Estimativas e projeções

Diferentes visões… o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um estudo com estimativas atualizadas para a economia global em 2020. Segundo a instituição, o PIB global sofrerá uma contração de -3,0%, tornando a crise atual a pior desde a Grande Depressão de 1929.

Além do FMI, diversas instituições financeiras fazem projeções para a economia. O fato de não ser possível ainda determinar com exatidão as consequências do vírus na economia dificulta essas análises. Com tanta incerteza no horizonte, é impossível prever quem acertará o alvo com tantas estimativas diferentes. Existe, porém, uma constatação que é quase unânime: o PIB global de 2020 deve mesmo ser negativo.

Agora é oficial… o cartel da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e aliados finalizaram o acordo de corte na produção de petróleo com o objetivo de sustentar o preço internacional da commodity. A estimativa de redução era, inicialmente, de 10 milhões de barris/dia, no entanto, o México se opôs à proposta, diminuindo o número final para 9,7 milhões de barris/dia, contando todos os países envolvidos.

De olho na ChinaEnquanto a potência asiática retoma as atividades econômicas após controlar o avanço da pandemia, os números dos três primeiros meses deste ano mostram o tamanho do impacto do coronavírus na economia local. O PIB da China teve queda de -6,8% no primeiro trimestre, a primeira contração desde 1976. Resta saber agora se a recuperação do país terá um ritmo tão forte quanto o tombo.

Economia americana… os resultados divulgados durante a semana vieram pior que o esperado. As vendas do varejo no mês de março encolheram -8,7%, pior queda do indicador na história. Os pedidos semanais de seguro-desemprego mais uma vez bateram recorde: 5,25 milhões. Além disso, resultados dos principais bancos do país divulgados durante a semana já mostram forte contração no lucro.

Secando a fonte… o presidente Trump intensificou os seus ataques à Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmando que a instituição falhou no combate à pandemia. Além das críticas, o mandatário americano informou que o financiamento por parte dos Estados Unidos será interrompido. A atitude de Trump foi criticada por líderes mundiais e especialistas da saúde devido ao contexto de crise atual.

Coronavírus

Volta (gradual) às atividades

Europa… apesar de terem sido atingidos de forma contundente, o pior da pandemia parece ter passado para os países europeus. O registro de mortes e novos casos cai a cada dia na Itália e na Espanha, onde a pandemia foi mais grave. Algumas atividades essenciais estão sendo retomadas em regiões menos afetadas, enquanto na Alemanha, as escolas reabrirão em maio.

Estados Unidos… o governo americano anunciou um plano de reabertura da economia. A proposta é composta por três fases, sendo que na primeira apenas grandes restaurantes, cinemas e academias voltam a funcionar com a condição de respeitar as normas de prevenção. Posteriormente, bares e escolas retornarão às atividades. O plano de Trump estabelece as diretrizes, no entanto, cabe aos estados implementar cada fase.

Mundo… até o momento, a pandemia de Covid-19 atingiu mais de 2 milhões de pessoas, causando mais de 150.000 mortes. Apesar da desaceleração nos países desenvolvidos, o vírus ainda está em ritmo de expansão nos emergentes.

Cenário doméstico

Fim da linha

“Divórcio consensual”… foi o termo utilizado pelo presidente Bolsonaro para se referir à demissão do ministro da Saúde, Luiz Mandetta. Desde o início da pandemia, as divergências entre ambos no combate ao coronavírus ficaram evidentes. O substituto é Nelson Teich, que terá a missão de impedir o avanço do vírus enquanto a economia brasileira retoma as suas atividades, conforme desejo expressado pelo presidente.

Números da economia… os dados econômicos de fevereiro continuam apresentando resultados positivos antes do choque do coronavírus. O IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central, teve expansão de 0,35% em relação ao mês de janeiro.

Enquanto os resultados passados têm sido positivos, as expectativas para o futuro pioram. O relatório FOCUS trouxe uma nova revisão negativa do PIB brasileiro para este ano, desta vez de -1,18% para -1,96%. Nada mais pessimista que a projeção do FMI, que espera uma contração de -5,3% na economia brasileira em 2020.

Bolsa de Valores… o Ibovespa registrou alta de apenas 1,68% na semana. Foram três pregões de alta e dois de queda, alternando otimismo com a desaceleração da pandemia e pessimismo com resultados econômicos. O dólar fechou o período a R$ 5,24.

Bate-bola corporativo

O que foi destaque na semana?

  • O Itaú Unibanco Holding S.A (ITUB3; ITUB4) divulgou na segunda (13/04) a doação de R$ 1 bilhão para auxiliar no combate ao coronavírus através da iniciativa “Saúde para Todos”.

  • A Azul S.A (AZUL4) notificou ao mercado a venda relevante de ações pelo acionista controlador e fundador da companhia, David Neeleman. O motivo, de acordo com o comunicado, foi a chamada de margem de um empréstimo pessoal do acionista, cuja execução foi feita em parte das suas ações na Azul S.A.
  • A Vale S.A (VALE3) informou na quarta (15/04) que exercerá o seu direito de defesa contra a decisão judicial que determina o bloqueio de R$ 50 milhões da companhia. O motivo é a remoção de moradores expostos ao risco de possível rompimento de uma barragem.

Sobre o autor

Lucas Barroso

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