Susto

Susto

Resumo

  • Queda e recuperação: Bolsas internacionais caem forte na segunda, mas apagam as perdas durante a semana;
  • De bolso cheio: Arrecadação federal bate recorde e chega a maior valor da série histórica;
  • Destaques corporativos: Oi anuncia plano estratégico, mas o mercado ainda não compra a ideia;
  • Radar do mercado: Temas e eventos para ficar de olho.

Estados Unidos

Queda e recuperação

A semana começou com um susto no mercado financeiro. A preocupação com o avanço da variante delta mundo afora atingiu em cheio as bolsas internacionais na segunda (19/07), sendo o pior pregão dos últimos dois meses para o S&P 500 e Nasdaq. Na Europa, algumas bolsas registraram a maior queda de 2021 na ocasião.

Mas a patada do urso foi rápida. No restante da semana, os índices americanos apagaram as perdas e fecharam o período em terreno positivo. Os resultados da agenda econômica nos Estados Unidos foram fracos – licenças de construção, venda de casas usadas e pedidos de seguro-desemprego piores que o esperado – mas a temporada de balanços do segundo trimestre tem animado os investidores. O destaque dessa semana foi o Twitter (TWTR34), que registrou alta de 74% na sua receita na base anual, número acima da expectativa.

Apesar do mercado fechar a semana em tom otimista, a variante continua a preocupar devido ao seu alcance global. Além disso, a inflação nos Estados Unidos voltará à mesa de discussão na próxima semana com a decisão de taxa de juros pelo Fed.

O mercado não precifica uma elevação dos juros no curto prazo, mas aguarda uma posição mais clara do Fed sobre a questão inflacionária. O banco central lida com o paradoxo de diminuir o estímulo enquanto a variante delta ameaça a recuperação econômica, ou manter os juros em zero com a inflação subindo a cada mês.

Brasil

De bolso cheio

Recentemente, têm sido raros os momentos nos quais o governo pode comemorar algo. Uma boa notícia, no entanto, foi a arrecadação federal nos primeiros seis meses de 2021, que bateu um recorde na série histórica com dados desde 1995. O crescimento na receita do Estado foi de 24% na comparação com o mesmo período de 2020, impulsionado, principalmente, pelas exportações.

Outro resultado importante divulgado na semana foi o IPCA-15 deste mês, uma espécie de prévia da inflação para julho, cujo resultado foi de +0,72% na base mensal. O dado, que teve contribuição relevante da energia elétrica em decorrência da atual crise hídrica, indica que a inflação deve continuar acima da meta do Banco Central este mês.

Diferente dos seus pares, o Ibovespa foi mal no pregão de sexta (23/07) e fechou a semana no negativo. O dólar continua acima do patamar de R$ 5.

Destaques corporativos

Caminho traçado

Na segunda (19/07), a Oi (OIBR3; OIBR4) anunciou o plano estratégico para o período de 2022 – 2024. A companhia sinalizou maior foco no segmento de fibra óptica e readequação da estrutura de custos que possibilita o corte de R$ 1 bilhão em despesas. Com o apoio do BTG Pactual (BPAC11) e Globenet, a expectativa de analistas é que o plano atraia a confiança do mercado.

Até o momento, no entanto, a recepção foi oposta ao esperado. Os papéis da Oi caíram forte na semana e fecharam o período no negativo.

Radar do mercado

Para ficar de olho

  • Brasil

    : O destaque da próxima semana é a taxa de desemprego brasileira entre março e maio, que será divulgada na sexta (30/07).

  • Mundo: Os eventos mais importantes dos próximos dias são a decisão de taxa de juros pelo Fed e a divulgação do PIB americano do segundo trimestre.

Sobre o autor

Lucas Barroso

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