Semana de panos quentes
Semana de panos quentes
Resumo
- Conclusão da primeira fase do acordo comercial;
- PIB da china, sinal de desaceleração?
- Brasil: Novo salário mínimo;
- Bate-bola corporativo: destaques das semana.
Amigos para sempre (?)
Fazendo as pazes (por enquanto)
“Fase 1” concluída… Foi assinada na última quarta (15/01) a primeira parte do acordo comercial entre China e Estados Unidos. O evento era esperado com grande expectativa pelos investidores por representar um sinal de entendimento, ainda que parcial, entre as duas maiores potências do mundo nas negociações comerciais.
Mas afinal, quais são os compromissos de cada parte nesta fase do acordo?
- Os Estados Unidos vão derrubar parte das tarifas impostas sobre produtos chineses em setembro do ano passado. Além disso, o governo americano já retirou a China da lista de países manipuladores de moeda, que é uma classificação para governos que intervêm na taxa de câmbio para obter vantagens comerciais.
- A China se comprometeu a aumentar o volume de compra de produtos americanos no decorrer dos próximos anos, além de proteger com mais afinco a propriedade intelectual de empresas dos Estados Unidos que atuam em solo chinês.
Daqui pra frente… As conversas entre as duas nações continuarão com o objetivo de alinhar assuntos mais delicados, como a transferência forçada de tecnologia americana pelos chineses. A possibilidade da conclusão da “Fase 2” do acordo em 2020 é baixa, já que é ano de eleição presidencial nos Estados Unidos. Caso Trump não seja reeleito, os termos desta negociação podem (ou não) mudar de forma significativa sob uma nova liderança.
Pé no freio!
O vôo do dragão foi mais raso em 2019.
O PIB da China no ano passado foi de 6,1%, a menor taxa de crescimento desde 1990.
A potência asiática tem enfrentado desafios que podem afetar diretamente a expansão da sua economia também em 2020, como as negociações comerciais com os Estados Unidos, que continuarão mesmo após a assinatura da Fase 1, além dos protestos em Hong Kong, que já duram 10 meses e ainda parecem estar longe do fim.
Em terras tupiniquins
E o salário?
Protegendo da inflação… o governo estabeleceu na última terça (14/01) via medida provisória o reajuste do salário mínimo para 2020. O valor anterior era de R$ 1.039, no entanto, a inflação em 2019 fechou acima do projetado pela equipe econômica. O novo valor, válido a partir de 1º de fevereiro, é de R$ 1.045.
Vendas do varejo:
o resultado referente ao mês de novembro de 2019 foi abaixo do esperado. A expansão das vendas do comércio foi de 0,6% em relação ao mês anterior e 2,9% em comparação com os últimos 12 meses. A estimativa de analistas era de um crescimento de 1,1% e 3,8%, respectivamente. Apesar disso, a tendência é que o varejo feche 2019 no positivo, confirmando o terceiro ano seguido de expansão do setor.
Bate-bola corporativo
O que foi destaque na semana?
- O Grupo Fleury (FLRY3) anunciou na última sexta (10/01) a aquisição da clínica de diagnósticos por imagem Diagmax. O valor da operação foi estimado em R$ 80,3 milhões.
- A Cemig (CMIG3, CMIG4) concluiu na segunda (13/01) a aquisição da participação societária da Eletrobrás na Companhia de Transmissão Centroeste de Minas Gerais. O valor da transação foi de aproximadamente R$ 44,7 milhões por 49% de participação no empreendimento. Com essa negociação, a Cemig se torna a única sócia da companhia, pois já possuía a fatia restante de 51%.
- O GPA (PCAR3, PCAR4), divulgou na quarta (15/01) os resultados do grupo referente ao ano de 2019. No Brasil, o grupo obteve uma receita bruta de R$ 59,1 bilhões, 10,3% acima do resultado de 2018.
- A Petrobras (PETR3, PETR4) informou que as notícias sobre a venda da sua participação na BR Distribuidora veiculadas pela imprensa não são verídicas. A estatal afirma que estudos estão sendo realizados sobre a viabilidade dessa transação no futuro, mas que não há no momento possibilidade de oferta subsequente de ações ou bancos definidos para tal procedimento.
Sobre o autor
Lucas Barroso
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