O inimigo agora é outro

O inimigo agora é outro

Resumo

  • Invísivel e letal: China e o Coronavírus;
  • Fórum Econômico Mundial: o que rolou em Davos?
  • Europa: decisão de juros na Zona do Euro
  • Brasil: missão cumprida?
  • Bate-bola corporativo: destaques das semana.

Não é só um resfriado

Invisível e letal

A China tem enfrentado diversos desafios nos últimos tempos, como as negociações comerciais com os Estados Unidos e os protestos em Hong Kong. No entanto, a potência asiática tem um problema ainda maior para lidar no momento: um vírus que provoca doenças pulmonares graves e que já atingiu 900 pessoas, causando a morte de 26 pacientes. 

Casos de pessoas infectadas após voltarem da China já foram confirmados na Coréia do Sul, Tailândia, Japão, Cingapura, Taiwan e Estados Unidos. No momento, a maior preocupação do governo chinês é deter o avanço da doença. Por esse motivo, as comemorações do Ano Novo no país, que começariam amanhã (25/01), foram canceladas visando evitar a propagação do vírus.

Cenário Internacional

Enquanto isso, em Davos

O Fórum Econômico Mundial, que terminou hoje (24/01), foi o palco de várias discussões entre líderes de Estados e empresários. Um dos destaques do evento, o presidente Trump fez um discurso exaltando os números da economia americana sob o seu mandato, principalmente o mercado de trabalho e os acordos comerciais realizados com outros países. 

Trump também não perdeu a oportunidade de cutucar o banco central dos Estados Unidos, afirmando que a expansão econômica tem ocorrido apesar do Fed elevar os juros muito rápido e cortar com muita lentidão. Além disso, o presidente sinalizou que a União Europeia deve ser o próximo alvo nas disputas comerciais, declarando que é mais difícil negociar com os europeus do que com os chineses.

É 0,0% mesmo!

Decisão de juros na Zona do Euro

O Banco Central Europeu manteve na última quinta (23/01), como esperado, a taxa de juros em 0% para a Zona do Euro. Conforme comunicação de Christine Lagarde logo após a decisão, a taxa de juros deve ser mantida nesse patamar enquanto a inflação não se aproximar do alvo de 2,0%.

A instituição também anunciou uma revisão da sua estratégia, sem oferecer mais detalhes sobre as ações específicas desse processo.

Em terras tupiniquins

Missão cumprida?

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, desembarcou em Davos com a missão clara de “vender o Brasil” aos investidores internacionais. No evento, Guedes destacou os potenciais benefícios das reformas realizadas e reafirmou o compromisso da equipe econômica  de manter o país na trajetória de consolidação fiscal. O ministro também declarou que a reforma tributária, prioridade do governo no momento, será enviada em fevereiro ao Congresso. Resta saber se o discurso ministro aumentou o interesse estrangeiro no país.

Alguns resultados importantes da economia brasileira foram divulgados nesta semana:

  • Arrecadação Federal: a receita do governo teve um aumento de 1,69% em 2019, melhor resultado desde 2014. A subida na arrecadação federal teve a contribuição não só do recolhimento de companhias privadas, como também dos ganhos de capital tributados após venda de participações de estatais.
  • Geração de empregos: segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje (24/01), foram criados mais de 644 mil empregos com carteira assinada em 2019, melhor resultados dos últimos 6 anos. Os setores que mais geraram vagas formais foram o de serviços e comércio.
  • IPCA-15: o índice que mede a inflação dos preços entre os dias 15 de dezembro e 15 de janeiro teve alta de 0,71%, maior nível registrado para o mês desde 2016. A carne, que teve inflação de 17,71% no mês anterior, desacelerou para 4,83% em janeiro. Ainda assim, o item é que o teve mais peso no resultado final do indicador.

Bate-bola corporativo

O que foi destaque na semana?

  • O Banco do Brasil (BBAS3) foi a única empresa brasileira a figurar entre as 10 corporações mais sustentáveis do mundo, conforme ranking da Corporate Knights, divulgado no Fórum Econômico de Davos.
  • A Petrobras (PETR4) anunciou na última quarta (22/01) que o BNDES protocolou, junto à CVM, o pedido de oferta das ações de sua titularidade na petroleira. A venda desses papéis ocorrerá no Brasil e no exterior, tendo potencial de atingir cerca de R$ 19 bilhões.
  • A Vale (VALE3) foi denunciada pelo Ministério Público de Minas Gerais pelo rompimento da Barragem I, em Brumadinho, que causou a morte de 270 pessoas. De acordo com a equipe responsável pela denúncia, a mineradora ocultou informações importantes com base em uma “ditadura corporativa”.

Sobre o autor

Lucas Barroso

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