Resumo

• Novo alento: mercado de trabalho mostra força, mas nova onda de casos preocupa;

• Recuperação vigorosa: após forte queda em março, Ibovespa tem melhor trimestre desde 2003;
• Mais poder: governos de China e Rússia aumentam sua influência e mexem na ordem mundial;
• Bate-bola corporativo: destaques da semana;
• Radar do mercado: temas e eventos para ficar de olho.

Estados Unidos

Novo alento

Assim como no mês passado, os números do Payroll divulgados nesta quinta (02/07) referentes a junho foram melhores que o esperado, confirmando uma possível recuperação da economia americana. O resultado da taxa de desemprego no período foi de 11,1%, abaixo do último resultado de 13,3% e da expectativa de 12,3%.

Além desse resultado, outros dados divulgados na semana foram positivos, como o Índice de Confiança do Consumidor e o PMI Industrial .

Obstáculo… os números do mercado de trabalho nos Estados Unidos trouxeram alento aos investidores, mas o aumento dos casos de coronavírus após o encerramento da quarentena representa um desafio relevante para uma economia que está em ritmo de recuperação. Apesar de Trump descartar a possibilidade de impor um lockdown novamente, a estatística assusta: quase 50 mil novas infecções foram reportadas na quarta desta semana, maior pico diário em casos desde o início da pandemia.

Brasil

Recuperação vigorosa…na Bolsa

Se não está claro ainda quando e como a economia brasileira terá uma retomada sustentável para sair da atual recessão, a Bolsa brasileira já parece ter antecipado esse movimento.

O Ibovespa fechou o mês passado com alta de +8,76% e teve o melhor trimestre (abril a junho) desde 2003, indicando uma clara reversão após a queda vertiginosa do mês de março. Na semana, o índice amplo teve alta de +3,12% enquanto dólar terminou o período em R$ 5,32.

Cenário internacional

Mais poder

China: o bom resultado do setor industrial chinês não é a única notícia vinda da potência asiática. Nesta semana, o governo implementou a polêmica lei de segurança sobre o território de Hong Kong, uma das questões que alimenta a discordância entre China e Estados Unidos. Mesmo em meio a uma pandemia e recessão econômica, o governo chinês procura ampliar o seu poder, representando um desafio para o Estados Unidos, que ainda esse ano deve escolher entre Donald Trump e Joe Biden para lidar com essa questão.

Rússia: O atual líder do país, Vladmir Putin, foi beneficiado por um referendo que lhe dá a oportunidade ficar no poder até 2036. A economia russa tem passado por dificuldades por ser muito dependente do petróleo, cujo preço está em níveis baixos considerando os dados históricos. Trata-se também de mais um rival político dos Estados Unidos que amplia o seu poder. Lembrando que a Rússia foi acusada de intervenção na eleição de 2016 que elegeu Trump, e neste ano ocorre uma nova disputa presidencial americana.

Bate-bola corporativo

O que foi destaque na semana?

• A

  Cielo S.A (CIEL3)

  informou na última quarta (01/07) que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) revogou a suspensão dos pagamentos por WhatsApp, iniciativa na qual a companhia está envolvida. A empresa relatou que a situação continua sob análise do Banco Central;

• A WEG S.A (WEGE3) reportou na quinta (02/07) a aquisição da BirminD, startup que atua no segmento de Inteligência Artificial aplicada ao segmento industrial.
• A Braskem S.A (BRKM3) informou nesta sexta (03/07) o rebaixamento do seu rating de crédito de BBB- para BB+ pela agência de classificação de risco Fitch em decorrência do cenário desafiador para a companhia.

Radar do mercado

Para ficar de olho

• Brasil

  : nos próximos dias, a evolução dos casos de coronavírus continua sendo a principal preocupação. Em termos de resultados, números de vendas do varejo e inflação serão divulgados.

• Mundo: Apesar dos dados melhores que o esperado no mercado de trabalho americano, a onda de novas infecções por Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa mantém os investidores em alerta para esse obstáculo frente à recuperação econômica.

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