Estímulo aprovado
Estímulo aprovado
Resumo
- Plano Biden: pacote trilionário é aprovado nos Estados Unidos e anima as bolsas mundiais;
- E agora Bacen? inflação brasileira sobe e aumenta expectativa por alta na SELIC;
- Radar do mercado: temas e eventos para ficar de olho.
Estados Unidos
Aprovado
Após semanas de discussão no Congresso americano, o pacote de estímulo fiscal foi aprovado e assinado pelo presidente Joe Biden. A expectativa é que a injeção de recursos na economia dos Estados Unidos acelere o processo de recuperação do país, que já se beneficia de um movimento rápido de vacinação e consequente retração da pandemia.
O plano inclui o pagamento de até US$ 1.400 para a maioria dos cidadãos do país. Além disso, o pacote prevê um aumento de US$ 300 por semana no seguro-desemprego e direciona cerca de US$ 20 bilhões para o processo de vacinação contra a Covid-19 nos Estados Unidos.
Apesar do aspecto positivo de (quase literalmente) colocar dinheiro no bolso dos americanos, existe a preocupação com o potencial aumento da inflação a partir de um excesso de demanda no consumo das famílias. Esse temor não é recente: títulos de longo prazo nos Estados Unidos tiveram forte alta nos rendimentos, indicando que a expectativa de inflação é cada vez maior entre os investidores.
Esse aumento dos preços poderia levar o Fed a subir juros em um futuro próximo, apesar dos representantes da instituição declararem o contrário. O comitê do banco central americano, inclusive, se reúne na próxima semana para mais uma decisão de juros e o tema da inflação deve ser discutido entre os membros.
Mercado financeiro: As bolsas americanas fecharam a semana no positivo, apesar temores relacionados ao aumento da inflação:
- S&P 500: o principal índice americano subiu +2,64% no período;
- Dow Jones: o índice das maiores empresas dos Estados Unidos teve alta de +4,07% na semana;
- Nasdaq: o índice das empresas de tecnologia do país subiu +3,09%.
Brasil
E agora Bacen?
Batendo no teto: A inflação medida pelo IPCA referente a fevereiro subiu 0,86%, acima do projetado pelo mercado (0,72%), acumulando uma alta de 5,20% em 12 meses. Os principais responsáveis pelo resultado foram os grupos de alimentos e combustíveis
O índice é muito importante para a condução da política monetária. O Banco Central trabalha com uma meta de inflação anual de 3,75% em 2021, com limite superior de 5,25% e inferior de 2,25%. Quando a inflação começa a fugir desse intervalo, a autoridade monetária precisa agir de forma proativa para preservar o poder de compra dos brasileiros, o que inclui elevação da taxa básica de juros.
O resultado de fevereiro, portanto, chegou muito próximo ao teto da meta do Bacen e foi divulgado uma semana antes da decisão sobre a SELIC. Nesse contexto, a expectativa de aumento da taxa de juros foi reforçada. Resta saber a magnitude do ajuste: 0,25%, 0,50%…
Apesar de já esperada, a elevação da SELIC é uma medida desconfortável para o BC. A economia brasileira mostra sinais de fraqueza, como no varejo, que contraiu -0,3% em janeiro. Além disso, o agravamento da pandemia em território nacional pode intensificar ainda mais o cenário de crise econômica. Nesse tipo de cenário, subir juros tende a tornar o crédito mais caro para as empresas, desacelerando a atividade econômica. Decisão desconfortável para o COPOM no momento.
Bolsa de Valores: O Ibovespa fechou a semana em queda de -0,96%, a 114.090 pontos. O dólar perdeu força frente ao real no período e fechou cotado a R$ 5,55.
Radar do mercado
Para ficar de olho
Brasil
: Na próxima semana haverá decisão de taxa de juros pelo Banco Central, reunião muito esperada pela expectativa de mudança na política monetária.
- Mundo: Diversos eventos relevantes acontecerão nos Estados Unidos durante os próximos dias, incluindo vendas no varejo, produção industrial e decisão de juros pelo Fed.
Sobre o autor
Lucas Barroso
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