Despedidas

Despedidas

Resumo

  • Tente outra vez: a poucos dias do fim do seu mandato, Trump é submetido a mais um processo de impeachment;
  • Mais desemprego: pedidos semanais de seguro-desemprego apresentam forte alta nos Estados Unidos
  • Adeus: Ford anuncia saída do Brasil, representando o cenário difícil para a indústria automotiva no país;
  • Radar do mercado: temas e eventos para ficar de olho.

Mundo

Tente outra vez

Trump nas cordas: a histórica invasão ao Capitólio na última semana ainda ecoa no ambiente político americano. Considerado um dos responsáveis por inflamar os protestantes na ocasião, Trump foi suspenso de redes sociais como Twitter e Facebook e enfrenta pela segunda vez o processo de impeachment.

A destituição do presidente já foi aprovada por maioria simples na Câmara, cuja maioria é democrata. Resta saber, no entanto, se 2/3 dos senadores votarão a favor do processo. Diferentemente da primeira ocasião, deputados republicanos votaram em Trump e isso pode se repetir no Senado.

Na esfera política, o resultado do impeachment não deve trazer maiores consequências a Donald Trump, que entregará o cargo para o democrata Joe Biden na próxima quarta (20/01).

Mais desemprego: ainda nos Estados Unidos, a economia tem dado sinais de desaceleração no mercado de trabalho. Os 965 mil pedidos semanais de seguro desemprego foram muito acima da expectativa de mercado (795 mil) e representa um aumento de +22,15% em relação à semana anterior (784 mil). Foi o segundo maior aumento percentual do indicador nos últimos sete meses, como mostrado no gráfico abaixo:

Fonte: Investing.com

O país também têm batido recorde diário de novos casos de coronavírus e continua na liderança mundial de óbitos causados pela Covid-19. Mas não só os Estados Unidos passam por um momento difícil na luta contra a pandemia: países como Reino Unido, Brasil e Rússia enfrentam uma retomada nos casos que pode ser classificada como uma severa segunda onda.

Mercado financeiro: As bolsas internacionais tiveram, em sua maioria, uma semana negativa:

Fonte: Investing.com

Brasil

Adeus

Considerado um segmento cíclico da economia, o setor automotivo foi um dos mais atingidos pela crise do coronavírus no Brasil. Um sinal disso foi a saída da Ford anunciada no decorrer da semana, notícia negativa para a equipe econômica, consumidores e, principalmente, os trabalhadores da companhia no país.

O encerramento das atividades da Ford no Brasil vão além do cenário causado pela pandemia. O modelo de incentivos fiscais compactuado pelo governo e montadoras não foi suficiente para tornar a produção industrial atrativa em solo brasileiro. Fatores como insegurança jurídica e baixa produtividade contribuem para a falta de êxito da indústria automotiva no país.

De acordo com a Ford, o movimento faz parte de uma reestruturação da companhia, que tem visto concorrentes se fortalecendo. Recentemente, a Tesla (TSLA34), produtora de veículos elétricos, começou a gerar lucros e suas ações caíram na graça dos investidores. Fiat e Peugeot anunciaram há poucas semanas uma fusão bilionária.

Há muito tempo a Ford não desfruta da confiança do mercado. O preço das ações da companhia ainda está distante da última máxima, registrada em 2011:

Fonte: Investing.com

Outra despedida? No setor financeiro, o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou o fechamento de algumas agências e um plano de demissão voluntária visando “enxugar” a sua estrutura. A notícia irritou a presidência, que passou a cogitar a demissão do presidente da estatal, André Brandão, ocupante da cadeira há apenas cinco meses. As ações da companhia fecharam a semana com queda de -8,65%.

Bolsa de Valores: O Ibovespa fechou a semana em terreno negativo (-4,13%), a 120.350 pontos. O dólar chegou a ter forte queda na semana, mas ganhou força frente ao real nessa sexta (15/01) e fechou cotado a R$ 5,31.

Fonte: Investing.com

O índice brasileiro teve a sua primeira semana negativa em quase três meses. Um dos motivos que contribuiu para isso foi o fraco resultado do varejo em novembro, que teve uma expansão mensal de 3,4%, bem abaixo do projetado pelo mercado (+4,9%).

Radar do mercado

Para ficar de olho

  • Brasil

    : Na próxima semana, Banco Central realiza a sua decisão sobre a taxa de juros de olho na inflação, que fechou pela primeira vez acima do centro da meta em dezembro.

  • Mundo: No decorrer da próxima semana será oficializada a mudança de presidente nos Estados Unidos. Dados da economia chinesa referentes ao final de 2020 também serão divulgados. 

Sobre o autor

Lucas Barroso

Sempre atento a fatos relevantes e importantes que influenciam seus investimentos.

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