Desempenho de julho
Desempenho de julho
Julho começou com um excelente resultado do Payroll nos Estados Unidos referente ao mês anterior. Essa, no entanto, foi uma das poucas notícias positivas em um mês marcado por momentos de tensão.
A variante delta, cepa mais agressiva do coronavírus descoberta na Índia, tornou-se dominante em solo americano e em vários países da Europa. O aumento de novos casos causou apreensão no mercado diante da possibilidade de novas quarentenas em meio a um processo já difícil de recuperação econômica. Afetado por esses temores, os índices americanos registraram em 19/07 o pior pregão nos últimos dois meses. Apesar disso, o saldo em julho foi levemente positivo para a bolsa do país.
Outro fator negativo foi o resultado do PIB do segundo trimestre divulgado no decorrer do mês. O dado veio abaixo do esperado e demonstrou que a economia americana ainda tem um longo caminho a percorrer. O problema é que, ao mesmo tempo, a inflação registrou novamente níveis alarmantes, pressionando o Fed a rever a sua política de estímulos monetários. O banco central, no entanto, manteve a sua postura apesar de reconhecer que esse aumento de preços é “único na história”.
Ainda no cenário internacional, a China assumiu lugar de destaque em julho devido à sua forte ação regulatória sobre setores da economia local e gigantes de tecnologia. Empresas chinesas de educação e tutoria foram atingidas por uma série de medidas que praticamente inviabilizam o seu negócio. Investidores estrangeiros com capital nesse segmento tiveram perdas contundentes em um episódio que indica um maior fechamento da potência asiática ao Ocidente.
No Brasil, o ambiente político foi destaque novamente em julho. Um evento que mexeu com os nervos do mercado foi a entrega da segunda etapa da reforma tributária pela equipe econômica ao Congresso. O texto prevê, inicialmente, a tributação de dividendos, fato que desagradou investidores locais.
Outro ponto de preocupação para o mercado foi a postura do governo frente aos precatórios, dívidas da União oriundas de decisões judiciais. Essa despesa pode tornar ainda mais frágil a situação fiscal do país. Já no final de julho se discutia uma forma de parcelar os montantes mais significativos, ação considerada um possível “calote” por parte do governo.
O Ibovespa encerrou uma sequência de quatro meses de ganhos e fechou o período no negativo após bater a máxima histórica em junho. O dólar voltou aos patamares de 5,20 reais, refletindo o maior risco fiscal.
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Agile Investe BDR: +9,84%
Em um mês no qual a bolsa brasileira teve performance negativa, o portfólio de maior destaque foi o Agile Investe BDR, cuja estratégia é focada na exposição ao mercado americano. Os BDRs são certificados de depósito emitidos no Brasil que representam ativos de companhias sediadas no exterior.
Todos os ativos da carteira tiveram resultado positivo em julho. Os destaques foram:
- Costco (COWC34): A multinacional que atua no varejo americano teve um excelente desempenho em julho, com alta de +12,40% nos seus BDRs. Apesar da ameaça da variante delta, os Estados Unidos estão com metade da sua população totalmente vacina, o que contribui para a volta do consumo pelas famílias, cenário que beneficia companhias como a Costco;
- Apple (AAPL34): A gigante americana do segmento de tecnologia fechou julho com alta de +11,62% nos seus BDRs. Apesar da preocupação com gargalos na oferta de chips para os seus produtos, um problema de escala global, a companhia continua registrando resultados positivos nas suas vendas, com destaque para o iPhone 12.
Sobre o autor
Lucas Barroso
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