Desempenho de julho

Desempenho de julho

O mundo ainda corre pela vacina, mas surge uma nova preocupação: estamos vivendo uma bolha nos ativos financeiros mundiais?

Cada dia que se passa fica mais claro os líderes na corrida pelo desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. Apesar das altas expectativas na frente de saúde, surge uma nova preocupação não só no Brasil, mas no mundo inteiro: o quão descolado o mercado financeiro está da economia real? As políticas monetárias dos Bancos Centrais mundiais durante a pandemia se torna um tópico crucial no debate que avalia se a valorização dos ativos nos últimos meses é justificada ou apenas uma consequência das ações tomadas pelas equipes econômicas mundiais.

🇧🇷 Brasil(%)

100 maiores empresasSmalls CapsFundos Imobiliários
8,41%9,50%-2,61%

🌎 Mundo (%)

EUAEuropaChina
5,51%-1,85%10,90%

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Destaques positivos

Super julho para as “queridinhas”

Cogna Educação S.A (COGN3) +25,26%

A Cogna, conhecida anteriormente como Kroton, é a maior companhia de ensino privado do mundo e atua no módulo presencial e à distância, tanto no nível superior quanto básico. As ações da empresa tiveram um excelente desempenho no último mês, superando o Ibovespa, que subiu +8,27% no período.

A Cogna é conhecida por um histórico de fusões e aquisições, possibilitando o acesso da companhia a diversos segmentos do mercado educacional, que tem alto potencial de crescimento para os próximos anos. A performance do papel só não foi melhor no mês porque a ação caiu -12,47% no último pregão de julho. A desvalorização ocorreu após a saída do Diretor da Companhia, que comandará as operações da Vasta, subsidiária do grupo que abriu capital na Nasdaq, bolsa americana voltada para empresas de tecnologia.

WEG S.A (WEGE3) +33,08%

Presença constante entre os destaques positivos, a WEG S.A, multinacional brasileira do segmento de otimização de processos industriais, teve mais uma mês de forte valorização na Bolsa de Valores. 

Em julho, os papéis da empresa saltaram mais de 30%, resultado acima do retorno obtido pelo índice Ibovespa no mesmo período. A WEG continua surpreendendo o mercado com resultados melhores que a estimativa, como demonstrado no aumento de 32% no lucro líquido da companhia durante o segundo trimestre. Mesmo em um ano marcado pela profunda crise em decorrência do coronavírus, as ações da empresa operam em território positivo no período, acumulando mais de 90% de valorização.

Destaques negativos

Um ano difícil

BRF S.A (BRF3) -2,63%

O setor de processamento de carnes foi atingido pela pandemia de forma contundente, com diversas empresas interrompendo suas atividades após a constatação de surtos de coronavírus entre os seus funcionários. A BRF, uma das principais empresas do segmento, tem sofrido esses problemas e figura entre os destaques negativos de julho.

Decisões judiciais determinaram o fechamento de algumas unidades da BRF e outras frigoríficas visando conter o avanço de coronavírus entre os funcionários da empresa. A situação mais preocupante para a companhia, no entanto, veio da suspensão da importação uma das unidades da BRF por parte da China, principal mercado consumidor de carne. A preocupação com a pandemia deve continuar até a descoberta de uma vacina eficaz, o que afeta o negócio da companhia e torna o cenário desafiador no médio prazo,  contribuindo para a queda das suas ações durante o mês de julho.

IRB Brasil Resseguros S.A (IRBR3) -27,55%

Notícias falsas de aportes por um grande fundo americano, acusação de manipulação contábil e renúncia de diretores. O ano de 2020 tem sido desafiador para a IRB Brasil e julho foi mais um mês de forte desvalorização nos papéis da empresa.

A IRB Brasil anunciou um aumento de capital mediante emissão de ações ordinárias, no entanto, a estratégia da companhia não foi recebida como uma sinalização positiva por parte do mercado. A empresa também tem dado continuidade aos processos de investigação visando a correção de saldos contábeis e identificação de condutas antiéticas por executivos da resseguradora, mas isso não tem sido suficiente para mudar a percepção do mercado sobre as ações da IRB Brasil, que tiveram desvalorização de mais de 20% em julho.

Próximo mês

De olho em agosto

Espera-se que o mês de agosto traga notícias positivas em relação ao avanço na descoberta de uma vacina para o coronavírus, evento considerado fundamental para destravar a recuperação econômica a nível global. Uma preocupação que volta ao radar dos investidores e deve ser acompanhada durante agosto é a relação entre Estados Unidos e China, marcada por momentos de tensão após o fechamento de consulados em ambos os países.

Um marco ocorrido no último mês foi a retomada do Ibovespa ao nível dos 100 mil pontos. O mercado de ações teve forte alta em julho apesar do ambiente difícil que o Brasil enfrenta em relação à pandemia. Apesar de uma desaceleração do ritmo de infecções, o número diário de mortes ainda é alto e preocupa especialistas. Na frente política, a reforma tributária é o ponto de atenção e deve ser foco de muitas negociações entre Governo e Congresso. O mercado estará atento ao andamento dessa reforma no decorrer de agosto.

Sobre o autor

Lucas Barroso

Sempre atento a fatos relevantes e importantes que influenciam seus investimentos.

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