Desempenho de Fevereiro

Desempenho de Fevereiro

Esse texto foi redigido em 22/02/2022

O mercado brasileiro segue como antítese do que vimos ocorrer ao longo de todo o ano de 2021. Seguindo em movimento contrário às maiores economias globais, dando um fôlego e esperança na retomada do crescimento econômico nacional. 

No mês de janeiro a bolsa brasileira apresentou uma forte alta, chegando a marca de 7% de valorização, que corresponde ao melhor desempenho mensal desde dezembro de 2020. Em fevereiro, até o momento que esse relatório foi preparado, segue estável. Continuamos distantes dos 130 mil pontos, vistos outrora, mas já estamos distantes, também, de romper a casa dos 100 mil, um grande marco de referência para a bolsa. 

A disparidade entre o que está acontecendo no Brasil e no Mundo pode ser explicada pelo aumento da incerteza mundial, com a continuação na pandemia, persistência das altas taxas de juros e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

O conflito parece estar muito distante de nós, afinal são mais de 10 mil quilômetros nos separando fisicamente, porém pode ter seus efeitos sentidos por todo o mundo. A Ucrânia representa 29% de toda produção de cereal mundial, o que fez o preço do pãozinho de sal, tão tradicional nas mesas dos brasileiros, ter um aumento significativo. Na capital mineira, Belo Horizonte, já é acumulada alta de 12% em um ano, com o quilo em algumas padarias passando dos 23 reais.

O petróleo também segue em alta devido às recentes tensões. Depois de subir 54% em 2021, o que resultou em uma alta de 47,5% no preço da gasolina repassado ao consumidor, já apresenta valorização de 18,5% esse ano, e a perspectiva é que continue subindo. O valor do barril brent, usado como referência quando falamos de petróleo, bateu a casa dos US$95, e especialistas afirmam que pode chegar aos US$120.

As constantes altas no preço do combustível, mesmo que aliviada em partes pelo pequeno reajuste negativo em dezembro, continua sendo fator decisivo nas taxas de inflação no Brasil. Conforme divulgado pelo relatório “Focus”, dia 21 de fevereiro, a estimativa para 2022 teve sua sexta alta consecutiva, passando de 5,50% para 5,56%. Os dados divulgados pelo boletim são compilados com informações de mais de 100 instituições financeiras. Se essa previsão for confirmada, será o segundo ano que estouramos a meta de inflação. O que afeta drasticamente o nível de confiança dos investidores no mercado financeiro nacional.

Nos Estados Unidos, as principais bolsas permanecem em acentuada queda impulsionada pelos conflitos geopolíticos. O índice S&P500, que representa as 500 maiores empresas listadas, desvalorizou 4,35%, se aproximando dos 4300 pontos. Fato esse que afeta bastante os investidores brasileiros também, onde o IVVB11, ETF que acompanha o índice americano, compõe diversas carteiras como forma de diversificar o risco ou “dolarizar” o investimento. 

Nos EUA, o CPI, que representa os dados de inflação ao consumidor americano, ficou acima das expectativas de especialistas, chegando a 0,6% em janeiro, permanecendo em alta em fevereiro, com o acumulado de 7,5% em 12 meses, o maior nível nos últimos 40 anos. Esse dado traz força à política monetária rígida imposta pelo Federal Reserve, que inclui significativos aumentos nas taxas de juros. Com isso, os títulos públicos americanos chegaram a bater a casa dos 2%, maior valor nos últimos 10 anos. 

Com o aumento da atratividade desses ativos, é natural que investidores decidam não arriscar seu dinheiro no mercado de capitais, o que contribui para a performance negativa da bolsa americana. Apesar das autoridades afirmarem que movimentações negativas como essa já foram vistas anteriormente, tratando-se de uma situação passageira, o caminho que o conflito entre Ucrânia e Rússia irá tomar é o que vai definir a duração.

O mundo segue apreensivo. Na China, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, repetiu o apelo para que as nações encontrem um caminho diplomático para solucionar as divergências.  Com isso ficamos em alerta e na expectativa do desenrolar dos fatos, esperando sempre que a paz consiga achar o seu caminho.

🇧🇷 Brasil(%)

100 maiores empresasSmalls CapsFundos Imobiliários
1,45%-5,19%-1,29%

🌎 Mundo (%)

EUAEuropaChina
-3,14%-6,00%3,00%

Carteiras Recomendadas

Desempenho acumulado

Carteiras MensaisMêsAno Agile Investe Doubleview-1,66%3,99% Best Five-3,86%1,69% Carteira 10-1,21%-0,67% Dica de Hoje Graham-3,05%3,37% Dica de Hoje P/L Abaixo da-5,41%-2,04% Dica de Hoje PEG-6,88%-7,77% Dica de Hoje Turnaround-3,81%-1,28% Foleo Invest-4,36%-4,03% Nova Futura | Mensal-0,18%0,93% Recovery-5,59%0,13% Terra | Ações Top 10+ Mensal-4,27%1,50%
Carteiras SemanaisMêsAno rende AI Simons8,96%6,53% rende AI Darwin7,91%5,83% rende AI Turing0,85%-6,02% Terra | Ações Top 5+ Semanal-5,77%6,42%
Carteiras QuinzenaisMêsAno Benndorf Research-3,11%-2,12%
Carteiras TrimestraisMêsAno Dica de Hoje Graham AI-3,69%3,43% ESG | Top 10-3,37%0,64% ESG | Top 5-2,03%1,10%
Carteiras DiáriasMêsAno QM Quantitativo-3,66%-4,20%

Desempenho no mês

Investimento Geral

Desempenho acumulado

Carteiras - Investimento GeralMêsAno 80% Renda Fixa-0,69%-1,75% 65% Renda Fixa -1,44%-3,85% 50% Renda Fixa-2,02%-4,12% 35% Renda Fixa-2,76%-5,15% 20% Renda Fixa-2,75%-5,27%

Desempenho no mês

Carteira destaque

Rende AI Simons: +8,96%

Em um mês onde o Ibovespa ficou próximo do zero (+0,92%), a carteira Rende AI Simons teve o melhor desempenho em fevereiro com 8,96% de alta

Sobre o autor

Lucas Barroso

Sempre atento a fatos relevantes e importantes que influenciam seus investimentos.

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