Desempenho de agosto
Desempenho de agosto
Rússia e China estão cada vez mais perto da vacina; Estados Unidos começam a se preparar para as eleições presidenciais enquanto passa por uma guerra comercial com a China
No cenário mundial a preocupação se mantém: o combate ao novo coronavírus. Rússia e China apresentam vacinas com resultados positivos até o momento e que em breve podem ser disponibilizadas para a população. Enquanto isso a guerra comercial entre Estados Unidos e China retoma um tom grave, afetando as bolsas mundiais. Países altamente afetados pelo vírus na Europa começam a apresentar um novo aumento de número de casos e mortes, fazendo crescer a preocupação das autoridades com uma possível segunda onda de contágio.
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Destaques positivos
Superando expectativas do mercado
Recovery: Suzano S.A (SUZB3) +19,52%
A Suzano é uma empresa do setor de base florestal e uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo, com atuação em mais de 60 países. A companhia abriu capital em 2012 e integra o segmento de Novo Mercado da B3 desde 2017.
Em um mês marcado pela queda do índice Ibovespa, os papéis da Suzano tiveram excelente performance devido, principalmente, a dois fatores: os resultados do segundo trimestre e a alta do dólar no período. A empresa reportou um aumento de 25% nas vendas de celulose e expansão de 38% do EBITDA ajustado em relação ao trimestre anterior. O aumento da demanda internacional e do volume de exportações, redução do endividamento e apreciação do dólar, moeda na qual grande parte da receita da Suzano está denominada, impulsionaram as ações da companhia, que chegaram próximo à máxima histórica em agosto.
Best Five, Benndorf Research e rende AI Darwin: Magazine Luiza S.A (MGLU3) +15,50%
Principal nome do setor varejista brasileiro, a Magazine Luiza é uma rede de comércio de eletrônicos e móveis com foco em e-commerce e inovação digital. A empresa é uma das maiores referências nacionais em sucesso de gestão corporativa.
Apesar do prejuízo líquido de R$ 64,5 milhões no segundo trimestre deste ano, a companhia registrou um aumento de 182% de vendas no e-commerce e expansão de 214% no seu marketplace. Os resultados foram melhores que o esperado pelo mercado, contribuindo para mais uma sequência de alta no preço da ação, que renovou suas máximas no período. Além disso, a Magazine Luiza deu continuidade à sua estratégia de fusões e aquisições, comprando negócios que com capacidade de fomentar o crescimento do ecossistema digital da companhia.
Destaques negativos
Consequências do Q2
Dica de Hoje PEG: Banco PAN S.A (BPAN4) -14,18%
O Banco PAN é uma instituição financeira que atua principalmente nas áreas de cartão de crédito, financiamento de veículos e crédito consignado. Atualmente, os maiores acionistas do Banco PAN são Caixa e BTG Pactual.
Apesar do crescimento das suas operações digitais, estratégia corporativa que agrada muitos investidores, o Banco PAN teve uma contração de -16% no lucro líquido referente ao segundo trimestre de 2020 em comparação com os três primeiros meses deste ano. As métricas de rentabilidade do banco ficaram estagnadas e a inadimplência da sua carteira aumentou, consequência decorrente da crise causada pela pandemia. A conjunção desses fatores contribuiu para que os papéis da companhia operassem com queda mais forte do que a registrada pelo Ibovespa em agosto.
Dica de Hoje PEG: Light S.A (LIGT3) -19,95%
A Light S.A é uma empresa do setor de geração e distribuição de energia elétrica que atua no estado do Rio de Janeiro. A companhia foi privatizada em 1996 e é controlada atualmente pela Cemig S.A.
As ações da Light tiveram forte queda no mês de agosto e o resultado negativo da companhia no segundo trimestre contribuiu para esse cenário. Devido à queda na arrecadação, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 45 milhões no período. É importante ressaltar que a Light está em processo de turnaround e que a sua acionista majoritária, a Cemig, discute planos de vender a sua participação na empresa.
Próximo mês
De olho em setembro
Um tema que terá mais importância no decorrer de setembro é a eleição presidencial dos Estados Unidos, evento que ocorrerá em novembro mas que, devido à sua proximidade, já começa a mexer com Wall Street, e consequentemente, com os mercados internacionais. Existe também a expectativa de avanços mais significativos nos candidatos à vacina contra o coronavírus.
No cenário doméstico, o andamento das reformas deverá ser o tema principal desse mês. Após a entrega das propostas de reforma tributária e administrativa, a expectativa é de avanço em pelo menos uma das frentes, o que representaria uma potencial melhora na situação fiscal do país e no seu ambiente de negócios no longo prazo.
Sobre o autor
Lucas Barroso
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