Compasso de espera

Compasso de espera

Resumo

  • Loading: faltam poucos votos para definir a eleição presidencial dos Estados Unidos;
  • Portas fechadas: Europa inicia novo lockdown para conter a retomada de casos de coronavírus;
  • Montanha russa: Ibovespa sobre mais de 7% na semana e recupera perdas do final de outubro;
  • Bate-bola corporativo: destaques da semana;
  • Radar do mercado: temas e eventos para ficar de olho.

Estados Unidos

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Eleição presidencial: a disputa entre Trump (republicano) e Biden (democrata) está na reta final, restando apenas a contagem de votos em alguns estados cruciais para um veredito sobre o vencedor. Os números parciais apontam que Joe Biden está mais próximo da vitória, no entanto, além do resultado não estar definido, existe a possibilidade de contestação pelo presidente Trump.

Os dois candidatos diferem em aspectos importantes. Espera-se de Biden, por exemplo, mais estímulo fiscal e aumento da tributação sobre grandes empresas de tecnologia, além de uma abordagem mais globalizada na política internacional americana. Com Trump, a expectativa é de continuidade de um modelo mais protecionista e um cenário com impostos mais baixos para as grandes corporações.

Payroll e Fed: em meio ao ambiente político movimentado, banco central americano manteve a taxa de juros no patamar próximo a zero e o mercado de trabalho dos Estados Unidos mostrou mais um forte sinal de recuperação demonstrado pelo Payroll referente ao mês de outubro.

Os números do dado econômico vieram acima do esperado:

  • Geraçao de empregos: 638 mil x 600 mil de expectativa;
  • Taxa de desemprego: 6,9% x 7,7% esperada.

Mercados: o cenário de indefinição e incerteza política poderia ter afetado os mercados de forma negativa, mas os índices internacionais tiveram um desempenho tão positivo que varreram as perdas do final de outubro. Os resultados da semana foram:

  • S&P 500: o principal índice acionário do país teve alta de +7,32%;
  • Dow Jones: o índice das principais empresas dos Estados Unidos subiu +6,87%;
  • Nasdaq: o índice das empresas de tecnologia teve alta de +9,01%.

Europa

Portas fechadas

Quarentenas: novembro marca um novo período de lockdown nos principais países da Europa com o objetivo de conter a segunda onda de casos de coronavírus. As restrições impostas, que incluem distanciamento social e proibição de funcionamento para estabelecimentos considerados não-oficiais, devem durar até o início de dezembro, a princípio.

O número de mortes na região teve um aumento de mais de 40% em relação à última semana. Existe uma grande incerteza em torno do efeito que essas quarentenas podem ter sobre a recuperação econômica da Europa. Após a última decisão de juros, O Banco Central Europeu (BCE) avisou que está de olho e com o arsenal de estímulos preparado diante dos desdobramentos desse período para a Zona do Euro.

Apesar do cenário difícil, as bolsas européias acompanharam o bom humor internacional e tiveram bom desempenho na semana, com destaque para:

  • Euro Stoxx 50: o índice representativo do mercado europeu subiu +8,31% no período;
  • DAX: o principal índice da Alemanha teve alta de +7,99% na semana;
  • CAC 40: o índice da França subiu +7,98% no período.

Coronavírus no mundo: os casos no mundo já totalizam 48,8 milhões, com mais de 1,20 milhão de mortes.

Brasil

Montanha russa

O ano de 2020 já se tornou um período histórico de alta volatilidade na Bolsa devido à crise do Covid-19, mas nas últimas duas semanas o Ibovespa teve momentos de forte variação que se destacaram em relação aos demais meses: queda de -7,22% no final de outubro e alta +7,42% no início deste mês, fechando novamente acima dos 100.000 pontos.

Além do noticiário externo com lockdown na Europa e eleição presidencial nos Estados Unidos, o cenário doméstico submetido à preocupação fiscal tem provocado alta volatilidade no mercado durante os últimos dias. O fechamento da semana foi:

  • Ibovespa: o índice brasileiro fechou a 100.925 pontos. Foi a melhor semana do Ibovespa desde junho;
  • Dólar: a divisa americana teve forte queda frente ao real no período, fechando em R$ 5,39.

Ata do COPOM: seguindo o costume estabelecido após uma decisão de taxa de juros, o Comitê de Política Monetária (COPOM) divulgou a ata da reunião, documento que contém a perspectiva do Banco Central para a economia brasileira e a justificativa para a definição sobre a SELIC.

Além de ressaltar a preocupação com o andamento das reformas, o COPOM sinalizou de forma clara que não há intenção de diminuir o estímulo monetário desde que a expectativa de inflação permaneça estável e não haja uma mudança brusca no regime fiscal, ou seja, a adoção de alguma política que desrespeite o teto de gastos.

As reformas estruturais, consideradas tão importantes pelo Banco Central, continuam travadas no Congresso e com baixa possibilidade de aprovação ainda este ano.

Falando em inflação… o IPCA referente ao mês de outubro subiu 0,86%, novamente puxado por transportes e alimento, mas em linha com a expectativa do mercado. A inflação medida pelo índice nos últimos 12 meses ficou em 3,92%, próximo do centro da meta perseguida pelo Banco Central de 4,00%.

Bate-bola corporativo

O que foi destaque na semana?

  • A Petrobras S.A (PETR3,PETR4) anunciou na terça (03/11) a criação de uma gerencia executiva de mudança climática com o objetivo de melhorar a governança e diminuir a utilização de combustíveis fósseis;
  • O Itaú Unibanco Holding S.A (ITUB4) informou na terça (03/11) que está em estágio avançado de discussão sobre a possibilidade de segregar o seu negócio com o objetivo de vender a suas participação na XP Inc.

Radar do mercado

Para ficar de olho

  • Brasil

    : No cenário doméstico, será importante observar dados do varejo nacional referentes a setembro e mais resultados corporativos. Além disso, será importante avaliar se o Ibovespa conseguirá se sustentar acima dos 100 mil pontos e se o dólar continuará a perder força frente ao real.

  • Mundo: Apesar da demora do processo, existe a possibilidade de uma definição sobre o vencedor da eleição americana na próxima semana, o que deve mexer bastante com as expectativas de agentes globais e investidores. Além disso, o destaque da agenda econômica é o PIB da Zona do Euro.

Sobre o autor

Lucas Barroso

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